sábado, 17 de janeiro de 2015

Segunda Chance?

"O momento em que suas ações são julgadas como boas ou más 
e você é recompensado ou punido."

A dor é insuportável. Estava errada em pensar que os medicamentos deveriam ajudar. Eu tenho certeza que meu abdômen vai explodir, rasgando-me de dentro para fora.

"Por favor, a peridural não está funcionando! Existe algo que você pode fazer?" Eu assobio, debatendo-me sobre a cama.
"Aguente, baby, o médico está a caminho." Diz Luke contra o meu rosto.
"Dói muito, Luke. Algo não está certo."
"Onde está esse maldito médico?" Ele pergunta à enfermeira, que vem de volta para o quarto. A preocupação estampada em seu rosto, enquanto ela nos assegura que ele está a caminho.
"Dem, aguente firme. Eu estou aqui com você. Olhe para mim; tente pensar em outra coisa além da dor. Vamos conhecer o pequeno linebacker hoje."
"Eu amo você, mas se você se referir a ela como uma linebacker de novo, eu vou te matar."

Olhando nos olhos de meu melhor amigo, a dor diminui quando a contração termina. Ele vê o alívio no meu rosto e beija a mão que está segurando, sorrindo para mim. Sentindo outro aperto na minha virilha, eu me encolho. A queimação familiar começa e eu grito.

 É uma posição do futebol americano onde o objetivo é a defesa nos passes curtos.
Tentando o meu melhor para não perder completamente o controle, eu seguro sua mão firme e deixo que a dor agonizante venha para mim.

"Demi eu vou te verificar novamente. O anestesista está no final do corredor,” diz a enfermeira.

Ela se curva na minha frente e anuncia que tenho dilatação de oito centímetros. Em seguida, cobre-me de volta e vai ao monitor na cabeceira para fazer anotações. Eu grito de alívio quando eu ouço a batida na porta.
"Demi, eu vou aumentar a peridural e você deve sentir apenas a pressão." Acenando para as palavras da médica, eu fecho meus olhos.

Depois de alguns minutos, eu estou relaxada e sinto quando uma leve dor da próxima rodada de contrações me atinge. Luke observa o monitor e me acalma com palavras amorosas.
Outra hora passa e a enfermeira anuncia que está quase na hora. Ela chama minha médica para finalmente voltar. Dra. Adams não é minha obstetra regular, mas ela está em plantão hoje. Eu a encontrei em vários dos meus exames e ela me deixa confortável. Luke estava chateado que meu médico regular, não estava de plantão, mas eu não posso evitar que meu bebê decidiu vir uma semana mais cedo.

Dra. Adams entra pela porta com um grande sorriso no rosto e me faz lembrar mais uma vez como vamos proceder.
Luke permanece de um lado agarrando uma perna, enquanto uma enfermeira faz a mesma coisa do outro lado. Depois de três tentativas de empurrar, eu deito sabendo que não consigo fazer isso. Mesmo que eu esteja insensível, eu ainda posso sentir a pressão extrema. Náuseas e tonturas me atingem.

"Demi", Dra. Adams diz, "o bebê está coroando. Eu só preciso de uma orelha e então eu posso ajudar o resto do caminho. Dê-me isso, querida. Eu prometo, eu vou ajudar."
"Querida, respire fundo e vamos fazer isso. Estou aqui pronto para receber a nossa pequena bailarina," Luke diz baixinho. Ele está tentando me incentivar ao admitir que estou tendo uma menina.
"É melhor você acreditar! Recitais de dança para toda a vida!" Eu me preparo e empurro, chorando baixinho durante isso, e uma onda de paz se espalha através de mim quando um grito enche o quarto. É a coisa mais linda que eu já ouvi.

Eu caio de costas contra a cama em exaustão e alívio. Minha mente só registra quando Dra. Adams anuncia:
"É um menino!"

Eu olho para ver lágrimas nos olhos de Luke. Sua cabeça está indo e voltando entre mim e o meu bebê,
incrédulo. Quando ele finalmente pega meus olhos, ele sorri amplamente.

"Eu sabia que você podia fazer isso. Doce menina, temos um menino," ele sussurra e me abraça suavemente.

Eu choro em seu ombro e deixo os últimos oito meses passarem. Pode ter sido um inferno, mas agora tenho um menino saudável que precisa de mim. Eu tenho que ser forte.

"Está bem, mamãe, você está pronta para conhecer o seu filho?" Uma enfermeira pergunta ao meu lado com um pacote em seus braços.

Eu estendo a mão e o pego. Assim que meus olhos pousam sobre ele, eu soluço. Ele é perfeito.

"Temos um nome para este rapaz bonito?" Pergunta.

"Sim, Davis Luke Williams."

A expressão de Luke está cheia de amor e adoração. Ele esfrega a cabeça de Davis levemente e lágrimas caem pelo rosto.
"Sinto-me honrado," ele fala.
"Não, sou eu quem está honrada. Você é meu melhor amigo. Eu nunca poderia fazer isso sem você ao nosso lado. Obrigada." Eu digo baixinho olhando para a perfeição em meus braços.
"Demi, vamos preencher a certidão de nascimento. Quem devemos nomear como o pai?"

Sem olhar para Luke ou a minha avó, que está me assistindo do outro lado da sala em sua cadeira de rodas chorando, eu respondo.

"Não há um pai. Apenas eu."

3 anos depois.

Dem

Esta é uma má ideia, eu penso comigo mesma, pela quinta vez esta manhã. Dando uma última olhada no espelho, decidindo se a minha roupa estava boa. Não é que eu estou, especificamente, vestindo-me para impressionar, mas me vestir um pouco elegantemente não vai me machucar. Meu telefone toca em minha bolsa e o sorriso de Marisa aparece na minha tela.

"Ei, vadia, o que foi?" Dou-lhe a minha saudação habitual.
"Yo, piranha. Você está pronta para um selvagem e estimulante fim de semana com Luke e um grupo de homens bem dotados comprometidos?"

Nós duas rimos, porque a última vez que acompanhamos Luke para um jantar de negócios, eu estava entediada até a morte. Mas sua empresa está tendo a sua conferência regional a cerca de uma hora em Ponte Vedra Beach e este jantar de negócios pode ser mais íntimo. Os funcionários foram incentivados a trazer suas famílias, por isso Luke convidou Davis e eu.

"Sim, quase completamente pronta."

"Será que você está usando seu vestido verde? Ele fica incrível e realça seus olhos."
"Quem você acha que vai reparar em meus olhos?"
"Oh, por favor! Tem que ter pelo menos alguns solteiros indo neste jantar. E você está certa, quem quer olhar para os seus olhos se pode olhar para o seu corpo!"
"Ma, você é tão cheia de merda. Você se lembra de que eu tenho um garotinho, certo?"

"E daí? Você é uma mãe quente! Melhor ainda, você é uma MILF!"

"Cala sua boca vadia! Agora você está louca. Existe uma razão pra você ter me ligado?"

"Sim, eu realmente sinto muito, mas eu não vou poder ir no jantar de sábado à noite. Eu meio que tenho um encontro."

"Você meio que ou você tem?" Suspirando ao telefone, eu tento não parecer decepcionada. A empresa fez arranjos para o acampamento de atividades para crianças no sábado à noite, e eu estava realmente ansiosa para uma noite de adultos com meus dois melhores amigos.

"Eu tenho, mas se isso significa muito para você, eu posso cancelar."
"Não, eu acho que é ótimo."
"Realmente, Dem, você está chateada. Eu vou cancelar."
"Não se atreva! Vai ficar tudo bem. Eu ainda tenho Luke."
"Eu sei o quão difícil este fim de semana é para você, então você me chama, se alguma coisa acontecer e você precisar de mim. Eu estarei lá."

A sinceridade em sua voz me faz sentir como uma vadia. Ela continua me dizendo para sair mais e tentar um encontro, mas eu não estou interessada.

"Obrigada. Agora me fale sobre esse encontro."

Ela se lança em uma história sobre o encontro com um cara em um happy hour e quão quente ele é. Eu a ouvia me contar tudo que sabe sobre ele enquanto colocava as últimas coisas em minha bolsa. Fazemos uma promessa de nos reunir na próxima semana e, em seguida, desligo. Eu fecho a minha casa e vou para a casa principal pegar o Davis e encontrar o Luke.

Vivendo em uma pequena casa na parte de trás da propriedade de minha avó, é perfeito para Davis e eu. Ainda temos privacidade, mas estamos perto o suficiente para cuidarmos uma da outra, e ela me ajuda com Davis frequentemente. Eu os encontro na sala de estar cercados por caminhões de brinquedo. De repente, uma escapada de fim de semana não parece ser uma boa ideia. E se ela precisar de nós?

"Vovó, eu acho que isso é uma má ideia." Eu lamento, na esperança de que ela vai me dar um fora no fim de semana.
"Demetria! Eu não sou uma inválida. Só porque eu não posso dirigir após o acidente vascular cerebral não significa que eu não possa me locomover. Tenho amigos para me ajudar. É hora de você levar esse menino para um período de férias e parar de se preocupar comigo. Tenho planos para o torneio de bridge aqui neste fim de semana. Tudo vai ficar bem."

"Mas o que..."
"Sem mas! Eu falei com Luke e este é o escape perfeito. Vá! Entre a graduação, trabalho, e Davis, você não teve nenhuma pausa. Tome uma! Aprecie a praia, pegue um bronzeado. Talvez até encontrar um cara e se divertir um pouco."

"Vovó!"

"Eu posso ser velha, mas não sou estúpida. Você precisa ter um pouco de diversão. Deixe Luke e Davis se divertirem e você descanse um pouco. Sophie não estará chegando no sábado?"
"Eu acho que não, ela tem algumas coisas acontecendo neste fim de semana." Sento-me e corro os dedos pelo meu cabelo. Ela caminha, senta ao meu lado, e me puxa para perto.
"Demi, eu amo você e Davis, mas você precisa de algum tempo de inatividade. Ele é uma arma. Esta viagem vai te fazer bem. Você não está muito longe, eu vou ligar se eu precisar de você. Luke precisa disso também, esta reunião de negócios é a desculpa perfeita." Não há preocupação em seus olhos e eu sei que ela está dizendo muito mais.
"Estou muito bem. É apenas mais um fim de semana."
"Querida, o intuito não é apenas ser mais um fim de semana. Todo ano você afunda em uma depressão e isso nos preocupa. Sabemos que traz de volta memórias."

"Jesus! Ele me ferrou e depois me ferrou de novo! Por que eu não posso deixá-lo pra trás? Nós todos sabemos que eu era uma idiota de 21 anos de idade."
"DEMETRIA!"
"Eu sinto muito, vovó, ele está fora dos limites. Eu quero aproveitar o fim de semana, eu realmente quero."
"Eu ouvi que Luke conheceu alguém?" Diz ela mudando de assunto.
"Sim, eu os apresentei. Ela trabalha comigo e parece legal. Eu a convidei para jantar e eles se deram bem."
"Doce menina, eu odeio dizer isso, mas o que se pode fazer para que alcancem mais do que se darem bem?
Ele é um excelente partido e um dia ele pode querer ter sua própria família."

As palavras me pegam desprevenida e me engasgo.
"Você acha que eu o estou prendendo?"
"Não, ele te ama. Mas é óbvio que vocês não estão juntos, só que ele tem uma vida na frente dele também."

Eu me inclino para ela e aceno com a cabeça em concordância, sabendo que ela está certa. Ela me criou desde que meus pais se envolveram em um acidente de carro fatal, quando eu tinha quinze anos. Ela é a única família que me resta, e ela me mostra a cada dia o quão importante Davis e eu somos para ela.

"Ok, eu vou aproveitar este fim de semana. Então eu vou ter uma conversa séria com Luke. Ele precisa ser feliz."
"Muito bem, menina, ele nunca vai estar longe."

Movo-me contra ela, sabendo em minha mente que esta é a sua maneira de me dizer para deixar Luke ir.

JOSEPH

Porra, finalmente, paz e tranquilidade. Este é o dia perfeito para lançar algumas linhas na água e curtir a praia. Tenho feito fisioterapia e reabilitação por meses. Meu ombro parece melhor e meu joelho está se curando bem. Estou evitando hoje, não só a minha família, mas também meus treinadores. Eu preciso de um tempo, porra.

Minha mente flui através das memórias dos últimos anos. Ter me destacado, a fama instantânea, o campo de futebol, provando a mim mesmo, tudo isso.
Um fodido recebedor incrível, eu estava vivendo a vida. Eu tinha tudo o que sempre sonhei, fornecendo para a minha mãe e irmã após o contrato uma enorme casa perto da praia, fodendo mulheres intermináveis que me queriam. Mas o que aconteceu quando a estrela caiu? Um golpe – foi tudo o que precisou – um golpe, para deslocar meu ombro e rasgar o ligamento do joelho.

"Desculpe-me. Você pescou algum peixe que eu possa ver?"

As palavras me tiram das minhas memórias. Eu olho para baixo para ver um belo garotinho olhando para mim com olhos castanhos enormes. Seus cachos escuros e pele bronzeada me bateram como uma onda de familiaridade,esse garoto parece comigo.

"Peixe?" Ele fala novamente, apontando para as minhas duas varas de pesca.

Eu retorno da minha estupidez e respondo.
"Não, amigo. Sem peixe. Se você ficar por aqui, eu poderia ter algo a mostrar."

Eu recolho minha linha e vejo que meu camarão sumiu. Eu faço questão de mostrar ao menino como se coloca a isca em um gancho. Olhando ao redor, eu me pergunto onde diabos estão seus pais. Um homem vem em nossa direção gritando, mas o menino não se move. Arremesso a vara e a prendo na areia.  Wide receiver – posição ofensiva do futebol americano
O homem chega a nós e agarra o menino em seus braços.
"Rapazinho, você não pode fugir assim. Você assustou sua mãe e a mim até a morte."
"Eu queria ver os peixes." Ele aponta para a minha linha na água.
"Eu sei, rapazinho, mas da próxima vez espere até que um de nós vá com você."

Quando o homem olha para cima, minha pulsação acelera. Eu nunca vou esquecer o rosto dele. É o mesmo cara que tem me assombrado por anos. O rosto do homem segurando Demetria Williams logo depois que ela quebrou meu coração. Luke Adams.

Ele me reconhece também. Não como o jogador de futebol megamilionário, mas como o amigo de faculdade que já fomos. Ou pelo menos eu pensei que nós éramos.

"Diga adeus a esse bom homem, precisamos voltar." Luke diz pegando o menino.
"Tchau,você é legal." Ele disse acenando para mim.
E
m seguida, algo chega a mim. Seus rostos lado a lado, os dois não se parecem em nada. Meu coração dispara mais rápido.
 "Sim, amigo, desculpe eu não ter um peixe para você,quem sabe da proxima vez hein"
"CLAROOOO"
Ele dá um grito fofo e sorri o sorriso mais bonito e meu mundo balança. É o sorriso dos meus sonhos, covinhas profundas em cada lado do rosto e um brilho em seus olhos olhando para mim. Eu não posso falar.

A minha boca fica seca e meu estômago cai para os meus pés.

"Obrigado, cara." Luke vai embora para o hotel atrás de nós. Ele para pra pegar uma toalha e bolsa de praia e uma mulher corre para eles freneticamente agitando os braços. Ela toma o menino e enterra a cabeça em seu ombro. Luke coloca o braço ao redor dela e a conduz para a passarela. Ele diz algo em seu ouvido e ela continua andando. Mas, por um momento, ela olha para mim, e meu mundo para novamente.

Eu pego seu olhar brevemente antes dela se virar e praticamente subir correndo as escadas. Meu coração bate tão rápido que eu tenho que me sentar. Agora eu sei por que os olhos do pequeno menino capturaram os meus, era como olhar em um espelho.

Quando o médico da equipe me disse sobre minhas lesões e confirmou que eu estava fora da temporada, a primeira pessoa que pensei foi ela. Mesmo depois de todo o tempo que passou, seu rosto me veio à mente. Que diabos deu errado?

Lembro-me da noite do nosso segundo encontro e me permiti sorrir com a lembrança. Mesmo doendo pensar naquele momento da minha vida, não posso negar que Ari pegou um enorme pedaço do meu coração.

#A fic e uma adaptação com mudanças de um livro


Um comentário:

  1. Simplismente divino ❤️❤️
    Super curiosa para saber mais 😂😆
    Eita....Demi saiu correndo em kkkk...joe já até suspeitou kkk
    Que o filho e dele lkkkk Posta logooo
    Beijos

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